Por Luigi Torre
O 5º dia começou cedo e em locação off-bienal. Alexandre Herchcovitch, buscando cada vez mais uma atmosfera intimista para seus desfiles, escolheu a loja de decoração MiCasa para mostrar sua coleção masculina. Assim, para 190 convidados, chamou um casting de novos e velhos nome (Jorge Gelati, Andrej Pejic, Marcos Luko, Paulo Leroy, Sacramento, Diego Del Rio, Diogo Veiga e Cristiano Sarter) e mostrou uma das melhores coleções do evento até agora.
Sem música, e com sons de animais selvagens fazendo as vezes de trilha, seus modelos pareciam escoteiros saídos de um acampamento de caça ou peça. Vestiam-se preferencialmente com alfaiataria (que Alexandre faz sempre com muita precisão), porém não aquela convencional. Aqui, o estilista a colocou literalmente a serviço do utilitarismo, indo muito além de decorações óbvias de bolsas cargos ou ajustes elásticos. Com construção elaborada, as peças aparecem ultradecoradas (ou trabalhadas) com estampa tipo camuflado, bolsos mil, zíperes, compartimentos escondidos, dupla-face, 2 em 1, 3 em 1, sempre com muitas sobreposições – e num styling preciso de Mauricio Ianês que usou até iscas de pesca como acessórios.
O náilon que teve tanta força no inverno passado aparece aqui lembrando suas propriedades de resistência e impermeabilidade. Das capinhas que cobriam as botas aos coletes matelassados, às incríveis peças que saiam por baixo de jaquetas, blusas, camisas, cobrindo-as como uma capa protetora.
É no masculino que Alexandre Herchcovitch se mostra mais à vontade e livre para interpretar e reinterpretar todos os códigos que sempre fizeram parte de seu universo. Ainda que sem toda força e impacto de seu último inverno, mostra uma coleção rica em detalhes e informações, acionando todo um apelo utilitário nesse clima de acampamento e escoteirismo, bem em sintonia com seu estilo atual. E ainda, com uma tal simplicidade que deixa tudo pronto para o consumo, sem perder a força na passarela.
O 5º dia começou cedo e em locação off-bienal. Alexandre Herchcovitch, buscando cada vez mais uma atmosfera intimista para seus desfiles, escolheu a loja de decoração MiCasa para mostrar sua coleção masculina. Assim, para 190 convidados, chamou um casting de novos e velhos nome (Jorge Gelati, Andrej Pejic, Marcos Luko, Paulo Leroy, Sacramento, Diego Del Rio, Diogo Veiga e Cristiano Sarter) e mostrou uma das melhores coleções do evento até agora.
Sem música, e com sons de animais selvagens fazendo as vezes de trilha, seus modelos pareciam escoteiros saídos de um acampamento de caça ou peça. Vestiam-se preferencialmente com alfaiataria (que Alexandre faz sempre com muita precisão), porém não aquela convencional. Aqui, o estilista a colocou literalmente a serviço do utilitarismo, indo muito além de decorações óbvias de bolsas cargos ou ajustes elásticos. Com construção elaborada, as peças aparecem ultradecoradas (ou trabalhadas) com estampa tipo camuflado, bolsos mil, zíperes, compartimentos escondidos, dupla-face, 2 em 1, 3 em 1, sempre com muitas sobreposições – e num styling preciso de Mauricio Ianês que usou até iscas de pesca como acessórios.
O náilon que teve tanta força no inverno passado aparece aqui lembrando suas propriedades de resistência e impermeabilidade. Das capinhas que cobriam as botas aos coletes matelassados, às incríveis peças que saiam por baixo de jaquetas, blusas, camisas, cobrindo-as como uma capa protetora.
É no masculino que Alexandre Herchcovitch se mostra mais à vontade e livre para interpretar e reinterpretar todos os códigos que sempre fizeram parte de seu universo. Ainda que sem toda força e impacto de seu último inverno, mostra uma coleção rica em detalhes e informações, acionando todo um apelo utilitário nesse clima de acampamento e escoteirismo, bem em sintonia com seu estilo atual. E ainda, com uma tal simplicidade que deixa tudo pronto para o consumo, sem perder a força na passarela.
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